Motores 2 tempos: saiba como funcionam e quais produtos utilizar

Antigamente, os motores 2 tempos eram populares, mas, com o passar dos anos, as leis ambientais se tornaram mais rigorosas, o que impediu o uso da tecnologia em alta escala. Por isso, hoje, só se pode utilizar esta configuração de motor em poucos casos, como em:

 

  • Motocicletas fora de estrada;
  • Karts;
  • Modelismo;
  • Embarcações;
  • Máquinas de jardinagem.

 

Embora a produção destes motores seja menor do que a de 4 tempos, as montadoras continuam desenvolvendo tecnologias para melhorar a performance deles. Então, consequentemente, os lubrificantes também tiveram que acompanhar a evolução. Neste texto, vamos mostrar o funcionamento do motor e as características de um bom lubrificante.

 

Funcionamento dos motores 2 tempos

 

Em primeiro lugar, o nome 2 tempos se deve ao fato de o motor concluir seu ciclo de trabalho em 2 movimentos. Durante o primeiro, também conhecido como primeiro tempo, o pistão se desloca para cima, aspirando e comprimindo a mistura ar-combustível. No segundo tempo, o pistão se move para baixo e acontece a ignição e escape.

 

A cada volta do virabrequim, há uma combustão e uma geração de energia. Isto aparenta o dobro da potência, ou o dobro da cilindrada quando comparado a um motor 4 tempos, no qual são necessárias duas voltas do virabrequim para que ocorra um ciclo, e consequentemente tenha a geração de energia.

 

O processo de admissão da mistura ar-combustível e da exaustão dos gases é feito por janelas nas laterais do cilindro e isso implica na não necessidade de um cabeçote com válvulas. Por conter um menor número de partes móveis (comando de válvulas, molas, balancins, válvulas e corrente de comando) toda a energia que seria consumida em um motor 4 tempos passa a ser líquida nesta configuração de motor. Além disso, como não há cabeçote, fator limitante de rotação em motores 4T, as rotações de trabalho de motores 2 tempos comumente ultrapassam os 15.000 RPM e podem alcançar até 23.000 RPM em motores de karts.

 

Veja como funcionam os motores 2 tempos

 

Vantagens dos motores 2 tempos

 

Mas, ainda que menos populares, os motores 2 tempos levam algumas vantagens:

 

  • Alta relação potência/cilindrada;
  • Baixa complexidade mecânica;
  • Baixo peso;
  • Rotação elevada comparado a maioria dos motores 4 tempos.

 

Embora estes motores apresentem os pontos citados acima, os níveis de gases poluentes são o maior desafio para a utilização em veículos de produção em larga escala. Uma boa formulação de lubrificante minimiza o impacto ambiental dos motores, além de trazer maior performance, proteção dos componentes e ótima miscibilidade a gasolina. A combinação de óleos básicos selecionados, aliado a excelentes pacotes de aditivos, proporcionam à linha Motul a utilização em menor quantidade diluída ao combustível, sem comprometer a lubricidade, mesmo em elevadas rotações.

 

Motul 800 2T

 

 

Assim como há a linha 300V para motores de competição 4T, os motores 2T contam com um produto para as pistas que permite a máxima geração de performance graças à tecnologia ESTER Core®. Devido a sua formulação diferenciada, o Motul 800 2T apresenta maior densidade que os demais produtos da linha. Assim, o seu uso deve ser exclusivamente pré-misturado à gasolina, não podendo ser adicionado ao sistema de auto-lube ou a bomba injetora de óleo. A recomendação de uso é de 1,5% a 2,0% (66:1 a 50:1).

 

Motul 710 2T e 510 2T

 

Produtos para motores 2 tempos.

 

Feito para os motores convencionais, os lubrificantes 510 2T e 710 2T apresentam uma formulação com menor viscosidade. Dessa forma, pode-se aplicar tanto no sistema de pré-mistura, quanto no auto-lube. Sua recomendação de uso, em ambos os produtos, é de 2% a 4% (50:1 a 25:1). O 510 2T conta com a tecnologia Technosynthese e uma mistura de básicos sintéticos e minerais em sua composição. Já o 710 2T apresenta somente materiais sintéticos na formulação. Os dois produtos apresentam as homologações API TC e JASO FD, que são os atuais níveis mais exigentes das normas.

 

Caixa de transmissão

 

 

Como o lubrificante do motor é consumido junto ao combustível, a transmissão possuí um compartimento separado e, consequentemente, necessita de um produto específico para atender a demanda severa das engrenagens. Contamos com uma linha completa de produtos para esta aplicação, desde formulações com óleos básicos minerais até básicos sintéticos. Os dois produtos mais utilizados são o Transoil Expert 10W-40 e o Motylgear 75W-90. E, embora os números de viscosidades destes produtos sejam muito diferentes, a viscosidade do Motylgear é ligeiramente maior que o Transoil Expert. A diferença nos números está no fato do Transoil utilizar a escala da norma SAE J300 para classificar sua viscosidade e o Motylgear utiliza a SAE J306.

 

Aditivos

 

 

A utilização de aditivos em motores 4T cresceu com o passar dos anos por conta da carbonização gerada pela queima não completa do combustível. Dentro da linha 2T deve-se utilizar o Boost and Clean para a limpeza do combustível, carburador e câmara de combustão. O aditivo é miscível no lubrificante, gerando uma mistura homogênea para a queima. Como não há recirculação de lubrificante no motor, o Engine Clean Moto não pode ser utilizado em motores 2T, mas isso não exclui sua utilização na motocicleta. Pelo contrário. Durante o procedimento da troca de óleo da transmissão, o Engine Clean Moto deverá ser utilizado para eliminar o verniz formado nas engrenagens. Assim, haverá maior proteção e performance do conjunto.

 

Bom, agora você já sabe tudo sobre os motores 2 tempos, não é mesmo? Então, deixe o gostei na publicação e compartilhe com seus amigos. Mas não se esqueça de nos seguir e marcar no Instagram e no Facebook, hein!

 

Até a próxima!