Em comemoração aos 100 mil seguidores, premiamos as 5 melhores histórias recebidas

Recentemente, a Motul fez uma campanha através de suas redes sociais, em comemoração aos 100 mil seguidores em sua página do Instagram, um marco para a empresa e também para o segmento, já que a @motulbr é a primeira página de lubrificantes a atingir este feito.

 

A campanha era voltada ao público e pedia que os apaixonados por velocidade contassem suas histórias pessoais à marca, seja com qualquer meio de locomoção, como bicicletas, motos e carros. As 5 melhores histórias foram selecionadas para ganhar um kit exclusivo de produtos, além de uma obra de arte do artista plástico, Adonis Alcici.

 

Por isso, hoje queremos compartilhar com vocês essas histórias e quem foram os ganhadores. Confiram:

1- Um novo significado à bicicleta, por Emiliano Bezerra

Desde minha infância, a bicicleta tem sido meu principal meio de transporte, me levando a lugares desconhecidos e trazendo qualidade de vida. Em função da minha profissão, de ser Servidor Público da Área da Saúde, ela me permite chegar a locais onde muitas vezes os carros não conseguem. Sou de uma pequena cidade do interior do Ceará e esse meio de transporte facilita minha locomoção, para que eu possa fazer atendimentos aos pacientes residentes em locais com difícil acesso.

 

Além disso, através da minha paixão por bicicletas, outras pessoas da família também começaram a gostar de pedalar. Meu irmão começando a pedalar por minha influência, foi Campeão Cearense de Ciclismo em 2017 e 2018, e minha esposa também aderiu agora à prática como hábito saudável e temos feito nossos passeios em família, o que fez com que a bicicleta tivesse um sentido mais especial em minha vida.

2- O companheiro de todos os momentos, por Mariana Ferreira

Minha primeira lembrança quando pequena é de que corria atrás do tão famoso fusca amarelo do saudoso Tio Mi, e sempre reforçava que queria ter um igual quando crescesse. Anos se passaram desde essa lembrança, e conheci o Gustavo, um apaixonado por carros, caminhões entre outros. Em nosso primeiro ano de namoro ele e meu cunhado compraram juntos um fusca Azul Diamante, 1979, uma relíquia. Pouco tempo depois, Gustavo comprou a parte do irmão e o fusquinha azul passou a ser nosso companheiro de tudo: era casamento, formaturas, trabalho, ida a provas de corridas, viagens. Apesar de nos acompanhar, também tinha lá seus problemas, água de chuva entrando, circuito elétrico saindo fumaça, viagens de guincho... altas aventuras!

 

Com o tempo, compramos outro carro e esse acabou ficando de lado, mas com a construção de uma nova vida, casa, o carro novo acabou sendo vendido e esse nosso companheiro continuou para cima e para baixo, dessa vez com materiais de construção. Apesar de todos os perrengues, fizemos questão de ter esse companheiro conosco, desde o pré Wedding, até o casamento, em que saímos da igreja com ele. Já faz quase 15 anos que ele está ao nosso lado, o tão amado fusquinha azul, e esperamos ficar com ele para todo o sempre, para que nossos filhos possam, no futuro, ter o mesmo carinho que temos por ele.

3- The Chaos Project, por Eder Cardoso

A história que vou contar fala sobre amizade, paixão, esperança e algumas pitadas de loucura. A história da Yamaha RD Turbo. Tudo começou quando eu tive que me despedir da minha Morena, uma CB500 carburada que tive por mais de 10 anos, meu xodó, mas que após um acidente, foi declarada sua perda total. Mesmo com o dinheiro da indenização, não seria possível encontrar outra moto em perfeito estado de conservação como a Morena, e foi aí que me restou uma única alternativa, que era realizar o grande sonho de ter uma moto customizada de verdade. Sempre dava um jeito de dar aquele ‘toque particular’ em meus carros e motos, mas até então não havia tido a oportunidade de ter algo exclusivo.

 

Como meu pai dizia “quem tem amigo não morre pagão”, em um momento de recuperação pessoal, um grande amigo me ligou dizendo que tinha uma “tela em branco” para mim: um chassis de uma RD350, anos 1989, a lenda das ruas, a rainha! Apesar da emoção a moto estava completamente abandonada, somente um chassis horrível, sem motor, com carenagens quebradas e tantos outros problemas. Seria um desafio enorme, mas como pouca loucura é bobagem, topei o desafio e ainda desafiei meu grande amigo, um customizador nato a fazer uma moto o mais radical possível.

 

A ideia foi imaginar como seria a moto caso a Yamaha lançasse novamente uma versão da RD hoje em dia, um verdadeiro exercício de imaginação misturado com paixão. E esse começou bem cedo, com um desenho de meu filho Vinicius, com 6 anos na época, durante uma atividade escolar... é incrível como ele acertou em muita coisa! Foram 3 anos até a conclusão do projeto, denominado carinhosamente de ‘The Chaos Project’, já que realmente tudo foi caótico.

 

Além de toda a definição de motos, suspensão, linhas de lubrificação, fizemos também uma central de injeção eletrônica de combustível, com 2 bicos complementares que também poderiam ser ajustados via bluetooth, uma tecnologia 100% made in Brazil. A parte visual, toda a carenagem, também foi desenvolvida com impressão 3D, e posso afirmar que essa é a primeira moto totalmente desenvolvida com essa tecnologia no Brasil, e talvez, no mundo.

 

Apesar de todo o trabalho, pouco menos de 2 anos depois do término da customização, a RD Turbo foi tema de uma matéria no site bikeexif.com, o maior portal de motos customizadas do mundo. Naquele momento não havia ninguém mais feliz do mundo, não pela publicidade do projeto, mas por perceber que fiz mais do que criar uma moto única, criei filhos que levarão adiante a paixão por motos e motores.

4- O exemplo de pai para filho, por Cristiano Cardoso

Meu filho de 12 anos escreveu uma redação na escola, contando a história de um garoto que vai fazer uma trilha de bicicleta com o pai:

 

“O pai e o filho entram na mata de bicicleta para fazer uma trilha divertida na Serra da Cantareira. O dia estava nublado e, no meio da trilha, começou a chover. O pai, mais experiente e um pouco mais rápido, ia à frente, abrindo o caminho. Quando percebeu que seu filho havia ficado para trás, ele voltou e encontrou o garoto caído em uma curva, onde escorregou e ficou preso na bicicleta, sem conseguir se levantar. O pai então soltou o garoto, ajudou-o a se levantar e os dois seguiram juntos até o final da trilha, enfrentando uma tempestade forte, com raios e a trilha ficando bem escorregadia. O garoto, muito assustado, já em um lugar seguro no final da trilha, descreveu para o pai todo o seu medo.”

 

Mas o melhor estava no final da redação, onde ele escreveu a moral da história:

 

"Os pais são heróis. Eles nos ensinam que, nos momentos mais difíceis, precisamos ser fortes e corajosos em muitas coisas na vida."

 

Quando li essa história na redação do meu filho, me emocionei. Percebi que ele estava contando uma de nossas aventuras de bicicleta que fizemos juntos, uma experiência que marcou sua vida. Não era uma história de ficção criada em sua cabeça, mas sim nossa história. São pequenos detalhes, como um passeio de bicicleta, que nos ensinam que o que vale mais não são presentes caros, mas sim estar junto, sempre cuidando um do outro.

5- A busca pelo sonho perdido, por Arthur Novais

Em 1999 meu pai teve sua primeira oportunidade de comprar um carro 0km, na época, um Toyota Bandeirante, a versão que abaixa a capota, porém o sonho durou pouco. Minha mãe descobriu que estava grávida de mim, e claro que a primeira coisa dita por ela foi de que “não poderiam pegar esse caro, e logo o Arthur não pode tomar todo esse vento”. Meu pai não teve outra escolha a não ser pegar outro carro, e a escolha da vez foi uma Hilux SR5 1999/2000. A partir de então as personalizações começaram: faróis de milha, pneus e rodas maiores, bancos de couro, entre outros.

 

A cada ano em que eu crescia, me apaixonava cada vez mais pelo carro, até mesmo pelas viagens, as músicas que ouvíamos dentro dele, e como toda criança, vivia desenhando a Hilux 1999. Porém, como todo sonho pode não durar para sempre, em 2012 surgiu uma oportunidade para meu pai trocar sua Hilux por uma mais nova, 2008. Entre idas e vindas, um belo dia minha infância foi desfeita, e um dos dias mais tristes chegou, quando meu pai saiu pela última vez da garagem com o tão sonhado carro, rumo à Bragança Paulista. Fiquei bem triste, pois imaginava que ganharia esse carro ao fazer 18 anos.

 

Muitos anos se passaram, me dediquei aos desenhos, e comecei a transformar isso em negócio, vendendo nacionalmente e fora do Brasil também. Fiquei por um tempo juntando dinheiro, e o sonho do primeiro carro estava quase se concretizando: pensava em um Gol G3, uma Parati Crossover, mas sempre com a Hilux em mente.

 

Em 2017 entrei em um grupo de whatsapp de futebol americano, e acabei conhecendo um rapaz que comentou ser de Bragança Paulista, e foi nesse momento que um brilho de esperança surgiu em meus olhos. Perguntei se ele havia visto o carro, passei a placa, e um tempo depois ele me liga falando que havia encontrado o carro, e me manda inúmeras fotos. Por um milagre ele conseguiu o contato do dono, falei com ele, contei minha história, mas o valor que ele havia pedido estava muito fora do que eu podia na época.

 

Continuei trabalhando e vendendo meus desenhos para fora do país, para juntar mais dinheiro, e quando finalmente tinha o valor em mãos, o dono havia vendido o carro, uma decepção total. Mas claro que não desisti, fui atrás do novo dono, falei com ele e expliquei toda a minha história, e por eles não serem fãs de 4x4, mesmo o carro não estando a venda, ele conversou com a família e aceitaram me vender o tão sonhado carro que esperava ganhar com meus 18 anos.

 

Depois de praticamente 5 anos, vi aquele meu sonho se realizando, o carro praticamente intacto, com pequenos detalhes a fazer, e me arrepiei. Voltar para casa com aquele carro de infância, que me ensinou a gostar de carros, músicas, viagens, foi extremamente gratificante. O mais importante disso tudo, foi que com ele, aprendi o valor do trabalho, em me esforçar no que fazia bem, em me esforçar nos meus desenhos para um dia conseguir ter esse meu sonho de volta.

 

Por fim, a Motul agradece a todos que enviaram suas histórias e a todos vocês que nos acompanham através dos mais diversos canais.